MENSAGENS DO OLDNEY: DIAMANTE

domingo, 17 de outubro de 2010

DIAMANTE

2 comentários:

Bia Unruh31 de outubro de 2010 às 18:39
Querido amigo,
Maravilhoso poema, e que bom poder passar por aqui e lê-lo.
Seu espaço é sempre muito inspirador...
Abraços
Perséfone Hades
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Anorkinda4 de janeiro de 2011 às 12:45
Olá, amigo!

VIM TE LER E LHE DESEJAR UM FELIZ ANO NOVO!

Abraços
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Boa leitura!

P Í N C A R O

De repente ela havia ficado em dúvida entre a cama e a mesmice. E enquanto tremia de ansiedade e nervosismo e medo do desconhecido e intuição de alguma inesperada ameaça, foi deixando-se levar e levada descobriu que a cama era nuvens, e simplesmente abandonou-se a um mágico flutuar. Marejava gotículas orvalhadas de prazer e então parou de se intimidar e permitiu-se sedar e abrandar e acaridar e acirandar e trepidar e transbordar... Sonhadora, submergiu no lago da noite dos contos de fadas e não queria mais acordar. Ofegante, subiu ao cimo de uma cumulus nimbus da qual não desejava mais sair, mas teve que descer. Quando voltou para a vida real, era peso de chumbo nos ombros e aperto no peito e a força da gravidade a grudá-la no chão que lhe faltava. Era ânsia e tremor no coração, e letargia e temor na mente, e a gravidade daquele enjôo e daqueles séculos de atraso. Foi assim, tremendo e temendo, que atravessou vazios como se estivesse despencando num abismo até o baque do tremendo susto: o teste gritava aos seus olhos o que a alma recusava-se a imaginar. Procurado, o príncipe virou sapo, e depois monstro ameaçador, e depois pessoa desaparecida. O rei que era todo desvelo pela princesa transfigurou-se num Gigante Adamastor e renegou-a. O lar de aconchego e segurança tornou-se ambiente inóspito e hostil. Quem disse que precisa sofrer e se acabar porque tudo vai mal e já não há amor e já não há proteção e já não há família e já não há lar? Quem disse? Chorou sim, rios de lágrimas que viraram mares de superações e de super ações. Pois se já não há lar, que se ouse alar. E foi sozinha mesmo, foi fora de casa mesmo, foi de abrigo em abrigo mesmo, de amigo em amigo mesmo, que transpôs quarenta luas de atávicos desejos e absolutas convicções e persistências para elevar-se à constelação das estrelas que brilham para sempre e encantam a vida da gente por serem mais que gente, mais que todo mundo, mais que todos os mundos e todas as luas, por serem simplesmente mais. Por serem simplesmente mães.

Quem sou eu

domingo, 17 de outubro de 2010

DIAMANTE

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